Servidora do TJ que morreu em acidente estudava Direito e sonhava ser advogada

Corpo de Isnaildes foi enterrado nesta sexta-feira (25) na cidade de Nazaré das Farinhas Tailane Muniz, do Correio 24 Horas Serv...


Corpo de Isnaildes foi enterrado nesta sexta-feira (25) na cidade de Nazaré das Farinhas

Tailane Muniz, do Correio 24 Horas

Servidora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) há mais de 25 anos, Isnaildes de Oliveira Lima, 45 anos, costumava pegar a lancha diariamente em Mar Grande, na Ilha de Itaparica, para vir a Salvador assistir às aulas do curso de Direito na faculdade Dom Pedro II, no bairro do Comércio, onde cursava o 4° período.
Foto: Divulgação/Sinpojud
Ela é uma das 18 pessoas que morreram no naufrágio do barco Cavalo Marinho I na manhã de quinta-feira (24). O corpo de Isnaildes, que sonhava em ser advogada, será enterrado nesta sexta-feira (25) na cidade de Nazaré das Farinhas, Recôncavo Baiano. 
Solteira e sem filhos, ela era do TJBA de Nazaré das Farinhas, onde nasceu, mas há um ano tinha pedido transferência para a comarca de Itaparica para conciliar o trabalho com a faculdade. Conforme o amigo da vítima, o também servidor do TJBA Wilson Carneiro Guimarães, 57, a amiga era uma pessoa alegre.
"Ela nunca reclamou das condições da embarcação. Era muito tranquila com tudo na vida. A gente se preocupava mais com a chegada dela em casa [Itaparica], tarde da noite, do que com o trajeto que fazia de lancha", conta.
Segundo Wilson, que trabalhou com Isnaildes por mais de 20 anos em Nazaré, ela costumava pegar sempre a lancha de mais cedo, mas acabou pegando a embarcação um pouco mais tarde, pois não precisava chegar cedo à aula. "Uma perda inestimável para todos nós, pela pessoa maravilhosa que ela era", lamenta. Isnaildes morava sozinha em Itaparica mas recebia visitas constantes do irmão, o também servidor Gabriel de Oliveira. A servidora trabalhava no turno da tarde e chegava em casa sempre por volta de 21h.
Todos os dias, Iranildes saia de casa de carro e estacionava o veículo no terminal de Mar Grande, de onde pegava a barca para Salvador. O corpo foi liberado pela sobrinha da vítima e encaminhado a Nazaré das Farinhas. Bastante abalada, ela não quis falar com o CORREIO.
A assistente social do Sindicato dos Servidores Judiciais (Sinpojud), Alecksandra Souza, foi ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), em Salvador,  prestar apoio à família. "Neste momento de dor para amigos e familiares, nos solidarizamos pela perda dela, que era uma servidora querida por todos", disse.

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