O que precisa ser respondido

Além de estudar o reflexo nas finanças da prática de deixar o smartphone plugado a noite toda, David MacKay também procurou a resposta de o quanto pode ser prejudicial para o bolso deixar o próprio carregador conectado. Afinal, nem todos tiram da tomada o dispositivo após o celular alcançar os 100% de carga.
Outra preocupação de muitos usuários e que também foi respondida por MacKay é o impacto do tempo conectado na bateria do smartphone. Afinal, não são raros os casos envolvendo aparelhos que simplesmente explodiram quando estavam plugados na tomada carregando.


“É como ajudar o Titanic com uma colher de chá”

Sem rodeios, o professor foi bastante claro em sua conclusão sobre o carregador conectado na parede (sem o smartphone): “Desligar obsessivamente o carregador é como socorrer o Titanic com uma colher de chá. Desligue-o, mas, por favor, tenha ciência de quão pequeno esse gesto é”.
Quando o aparelho está conectado e se mantém assim a noite toda, a situação muda um pouco de figura. O consumo aumenta, mas não o suficiente para causar preocupações. Caso ele fique conectado depois de atingir os 100% de carga – situação em que ele consome aproximadamente 2,4 W , o montante gasto ao final de um ano não deve ultrapassar US$ 5,3 (aproximadamente R$ 14). Porém, multiplique isso pela quantidade de pessoas em uma casa e já podemos ter um valor considerável.


Pode explodir?

A respeito da possibilidade de o aparelho explodir quando conectado à tomada, MacKay é igualmente categórico em afirmar que a chance é muito pequena. Os aparelhos e carregadores modernos cortam boa parte da energia que corre entre os dispositivos depois que a carga está completa. Isso acaba evitando sobrecargas e outros problemas que podem prejudicar ambos.
E como já sabemos, o “efeito memória” nas baterias de íon de lítio (componente que integra as baterias de hoje) já não existe mais. Porém, todos os componentes (carregadores e baterias) têm um ciclo de vida que pode ser decrescido se deixarmos ambos conectados. No entanto, esse tempo, geralmente, é maior do que o período no qual o aparelho vai permanecer com a pessoa.


Salvando o dia
Apesar do baixo impacto de deixar o smartphone conectado a noite toda, ainda podemos afirmar que essa não é a solução ideal que concilia sustentabilidade e comodidade. No entanto, um aspecto que está chegando aos poucos nos dispositivos mais recentes pode representar a “salvação” para esses casos.
O carregamento rápido, recurso que já integra boa parte dos aparelhos recém-lançados, promete acabar com as longas horas de carregamento dos smartphones. Com a promessa de levar a carga de 0 a 50% em poucos minutos, a funcionalidade parece ser a opção para abandonarmos de uma vez por todas a prática de mantermos o celular conectado a noite toda.