Grampo da PF acaba com o governo Dilma

A Lava Jato entrou definitivamente no Palácio do Planalto depois de  divulgados “grampos” nos quais a presidente Dilma supostamente tenta blindar Lula contra um hipotético mandado de prisão contra ele. A própria nomeação de Lula como ministro chefe da Casa Civil, que serviria para revitalizar as ações do governo foi comprometida pelas gravações. E acabou por colocar a presidente Dilma no centro do  furacão provocado pelas ações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Moro de combate à corrupção.  A saída para a primeira “presidente” que queria ser “presidenta”   é a renúncia ou o inevitável processo de impeachment. O final dessa história pode ser o surgimento de um novo País. E lá atrás, Lula encontrando o seu destino.

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O problema de Dilma foi nunca ter admitido que era presidente. Assim Lula permaneceu presidente. Tanto que nenhum interlocutor do Palácio do Planalto, mesmo atônitos com a diivulgação do grampo, deixou de ser referir a Lula como presidente. Aliás, Dilma fez opção de ser menor desde o inicio de um governo que parece encerrar melancólica e precocemente, 

E AGORA ?

Antes da nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil do governo, o juiz Sérgio Moro retirou o sigilo das investigações sobre ele. Grampos da Polícia Federal divulgados ontem apontam ‘fortes indícios” de que a nomeação do ex-presidente teve como objetivo afastar Lula da influência da primeira instância do Judiciário. Como ministro ele passaria a ter foro privilegiado. A investigação contra ele ficará a cargo do procurado geral da República, Rodrigo Janot e o processo ficará com o ministro do STF Teori Zavascki.

Para o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino, a presidente Dilma praticou “um ato ilícito, que é nomear uma pessoa que está sendo investigada pela justiça apenas para lhe dar foro privilegiado”.

NO PDT, MAS SEM APOIO DE AMAZONINO

Hissão Abrahão é um político da nova geração com comportamento similar a dos velhos caciques. O estilo ‘trator’, por exemplo, é um deles. Chamado pelo presidente nacional do PDT, Carlos Luppi para ‘engrossar’ a bancada do partido na Câmara, Hissa não duvidou: exigiu o comando  da sigla no Amazonas.   Disposto a disputar a prefeitura de Manaus em outubro, Hissa juntou a fome com a vontade de comer. E com isso atropelou o velho cacique Amazonino Mendes que, mesmo não sendo dirigente é o lider local do partido.

Embora surpreso com o conchavo do seu velho amigo Luppi com o jovem e afoito Hissa, o Negão até agora não se manifestou. Raposa ‘felpuda’ na política, Amazonino tem história.  Conta  com sete mandatos nas costas, seis vencidos no voto direto. Hissa vai precisar do seu apoio para navegar em águas calmas dentro do partido. 

MUITO ESPERTO

Falando em raposa felpuda, ontem o heptadeputado Belarmino Lins recebeu elogios de A a Z na sua despedida oficial do PMDB, do qual se desligou para ingressar hoje no PROS do governador José Melo. Combatido tenazmente pela oposição por estar sempre na aliança de governo, Belão tirou de letra essa alusão: “Eu nunca fui do contra; agora sou Pros.” Perguntado se a mudança ensejaria voos mais altos na carreira política, Belão bem humorado respondeu: “Sou como o Solimões, que fertiliza as várzeas. Continuarei na planície, onde quero ficar até o final da carreira.” O deputado ficou 12 anos no PMDB durante os quais foi por três vezes presidente da Assembleia Legislativa. Agora será o líder do PROS na casa.

ARTHUR ESPERA POR EMENDA

Durante a inspeção de serviços de tapa buracos no Distrito Industrial, o prefeito Arthur Neto foi questionado a respeito da participação da Suframa. Segundo ele, a superintendente Rebecca Garcia teria dito que tem uma emenda de bancada. “Nós estamos concluindo o projeto executivo para nos habilitarmos a esse dinheiro. Agora, se vai sair, eu não sei.

Fonte: Portal do Holanda