Bebê baleado dentro da barriga da mãe respira por aparelhos
Bebê estava no nono mês de gestação quando foi baleado na orelha e no ombro Um laudo do Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Duque d...
https://oreidanoticia.blogspot.com/2017/07/bebe-baleado-dentro-da-barriga-da-mae.html
Bebê estava no nono mês de gestação quando foi baleado na orelha e no ombro
O bebê estava no nono mês de gestação quando foi baleado na orelha e no ombro. O tiro entrou na coxa esquerda de sua mãe, Claudineia dos Santos Melo. Ela permanece internada no Hospital municipal Dr. Moacir Rodrigues do Carmo, também em Caxias. A última avaliação realizada na paciente, no início da noite deste sábado, mostra que seu estado é "estável hemodinamicamente".
Um laudo do Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde está internado o bebê baleado dentro da barriga da mãe na última sexta-feira, na Favela do Lixão, revela que o recém-nascido está sedado e respira por aparelhos. Segundo o documento, obtido pelo EXTRA, o bebê está em estado “grave estável, em ventilação mecânica, sedado, com dreno de tórax bilateral”. O laudo também aponta uma lesão na vértebra do bebê, na altura do tórax. Segundo José Carlos Oliveira, secretario de saúde de Duque de Caxias, essa lesão deixou o recém nascido paraplégico.
O bebê estava no nono mês de gestação quando foi baleado na orelha e no ombro. O tiro entrou na coxa esquerda de sua mãe, Claudineia dos Santos Melo. Ela permanece internada no Hospital municipal Dr. Moacir Rodrigues do Carmo, também em Caxias. A última avaliação realizada na paciente, no início da noite deste sábado, mostra que seu estado é "estável hemodinamicamente".
Na ocasião, a mulher havia acabado de sair de um mercado quando começou um confronto entre traficantes da Favela do Lixão, onde mora, e policiais militares do 15º BPM (Caxias). Os PMs afirmaram , em depoimento na 59ª DP (Caxias), que foram atacados e não reagiram.
Claudineia foi levada por moradores da favela para o hospital. Klebson Cosme da Silva, de 27 anos, pai do bebê, afirmou estar mais preocupado com a saúde do filho e da esposa do que com os culpados pelo acontecido. O casal mora há um ano e meio na Favela do Lixão. O nome que os dois escolheram dar ao filho é Arthur.
— Morando em comunidade, a gente sabe como é. Mas prefiro não falar muito sobre isso. Não quero saber quem atirou, só quero que a minha mulher e o meu filho fiquem bem. É uma preocupação dupla, mas tenho fé que eles vão ficar bem — torce o conferente de um frigorífico, que garantiu nunca ter sido vítíma de violência até então.
A mãe tem quadro estável, segundo informações do Hospital Municipal Dr. Moacir Rodrigues do Carmo, em Caxias, onde está internada. Natural de João Pessoa, na Paraíba, Claudineia está lúcida, mas muito abatida. Ela recebeu visitas na tarde deste sábado e pediu informações sobre o estado de saúde do filho.
— Ela quer que a gente a mantenha informada — contou Guiomar Gomes, amiga de Claudineia.