Jovem tem braço amputado após aplicação de injeção em hospital: "Eles vão ter que pagar"

De acordo com a mãe do rapaz, Fabiana Amaro, o jovem sofre de transtornos psicológicos e desapareceu durante três dias. Quando retornou pa...


De acordo com a mãe do rapaz, Fabiana Amaro, o jovem sofre de transtornos psicológicos e desapareceu durante três dias. Quando retornou para casa, ele estava desidratado e necessitava de atendimento médico.


Foto: Fabiana Amaro/Arquivo Pessoal

Uma aplicação de injeção resultou na amputação do braço de um jovem, morador de Praia Grande, litoral de São Paulo. Henrique dos Santos, 22 anos, deu entrada no dia Hospital Irmã Dulce, no dia 2 de fevereiro, com o quadro de desidratação. De acordo com a mãe dele, Fabiana Amaro, o jovem sofre de transtornos psicológicos e desapareceu durante três dias. Quando retornou para casa, ele estava desidratado e necessitava de atendimento médico. 

Foto: Fabiana Amaro/Arquivo Pessoal
“Ele toma remédio controlado. Chegando no hospital, deram quatro injeções de vários componentes na veia arterial e, pouco depois, o braço dele começou a necrosar. A gente não sabe nada sobre os medicamentos que deram para ele. Esperamos 10 dias. O médico fez uma cirurgia de emergência e não teve resultado. Há três dias ele teve que amputar o braço inteiro”, relatou a mãe do rapaz ao G1 Santos e Região. 
Henrique utiliza um medicamento recomendado para alterações no comportamento e confusão mental. A reação com as injeções dadas resultaram na amputação do braço direito do jovem, que ficou desesperado após a cirurgia e fugiu do hospital. A família o encontrou no pronto socorro e o levou novamente para o hospital. 
De acordo com Fabiana, Henrique está sofrendo muito. “A vida dele acabou. O hospital não ajuda, não fala nada. Disseram que o meu filho estava em recuperação, que estava em melhora para que não fosse preciso amputar. Tudo isso era mentira. Eles vão ter que pagar pelo que fizeram com ele”, lamentou.
Ainda segundo a mãe, a família realizou um protocolo de reclamação por causa da reação às injeções, mas a equipe ainda está atuando na unidade. Os médicos ainda não deram previsão de alta. Devido à ausência de respostas do hospital, a família registrou um boletim de ocorrência de lesão corporal na Delegacia Sede de Praia Grande. A polícia está investigando o caso e deve ouvir os funcionários que realizaram as injeções. 
Em nota enviada ao G1 Santos e Região, o Hospital Irmã Dulce afirmou que a instituição está prestando toda a assistência necessária ao paciente e seus familiares. Além disso, desde a semana passada, estão em andamento três medidas administrativas que visam esclarecer qualquer dúvida acerca do atendimento prestado, desde o momento da entrada do paciente no complexo hospitalar.
A fundação diz ainda que o caso está sendo tratado com máxima prioridade em sindicância interna e, paralelamente, em dois processos administrativos, um junto à Comissão de Ética Médica e outro sob responsabilidade da Comissão de Ética de Enfermagem.

Fonte: IBahia

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